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Esquistossomose

  • Foto do escritor: Alunas medicina FaminasBH
    Alunas medicina FaminasBH
  • 12 de out. de 2018
  • 2 min de leitura

Boa noite caros leitores. Trazemos hoje para vocês mais um relato de um atendimento realizado na Unidade Básica de Saúde.


Relato de caso

Homem, sexo masculino, 25 anos, chega à UBS com resultado de exame de fezes Kato-Katz positivo para Esquistossomose. Paciente se apresentava assintomático e relata que realizou o exame devido à busca ativa da ACS. É morador de uma região com alto risco de contrair o platelminto devido à proximidade com o rio da cidade.


Conduta realizada:

Prescrição de Praziquantel e orientações para não acontecer uma reinfecção.


Considerações:

A esquistossomose mansoni é uma doença parasitária, seu agente etiológico é o trematódeo Schistosoma mansoni. No Brasil, a Esquistossomose é conhecida popularmente como “xistose”, “barriga d’água” e “doença dos caramujos”. Na fase adulta, o parasita vive nos vasos sanguíneos do intestino e fígado do hospedeiro definitivo, que é principalmente o homem.


Transmissão: o indivíduo infectado elimina os ovos do verme por meio das fezes humanas. Em contato com a água, os ovos eclodem e liberam larvas que infectam os caramujos, hospedeiros intermediários que vivem nas águas doces. Após quatro semanas, as larvas abandonam o caramujo na forma de cercarias e ficam livres nas águas naturais. O ser humano adquire a doença pelo contato com essas águas, pois o Schistosoma é capaz de penetrar na pele de pessoas que pisam descalças, nadam ou lavam roupas na água infectada.


Sintomas: Dias após a infecção, a pessoa pode desenvolver uma erupção cutânea e/ou coceira no local em que o parasita penetrou na pele. Na fase aguda, o paciente pode apresentar febre, dor na cabeça, calafrios, suores, fraqueza, falta de apetite, dor muscular, tosse e diarreia. Em alguns casos, o fígado e o baço podem inflamar e aumentar de tamanho. Na forma crônica, a diarreia se torna mais constante, alternando-se com prisão de ventre, e pode aparecer sangue nas fezes. Além disso, o paciente pode sentir tonturas, dor na cabeça, sensação de plenitude gástrica, prurido anal, palpitações, impotência, emagrecimento e endurecimento do fígado, com aumento do seu volume. Nos casos mais graves, da fase crônica, o estado geral do paciente piora bastante, com emagrecimento, fraqueza acentuada e aumento do volume do abdômen, conhecido popularmente como "barriga d’água".


 
 
 

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