Leishmaniose Tegumentar
- Alunas medicina FaminasBH
- 5 de out. de 2018
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Relado de caso - Leishmaniose Tegumentar
Paciente M.D.S, sexo feminino, 72 anos de idade, residente de Sabará/MG, chegou à consulta pré marcada na unidade básica de saúde. Relatou possuir uma ferida na parte superior do pé direito que não fechava, e originou devido a queda de um tijolo em seu pé ao move-lo em seu quintal. Relatou que era a segunda vez que a feriada abria no mesmo lugar com aspecto semelhante. Negou qualquer outro sintoma associado. Relatou possuir criação de aves no seu quintal, o que é um fator predisponente para a contaminação da leishmaniose pelo mosquito.
Conduta
O primeira passo a ser tomado foi analisar a lesão em relação a sua profundidade, ao seu contorno, a sua sensibilidade e a sua presença ou não de tecidos de granulação. Após essa avaliação foi realizada o encaminhamento da paciente para o Hospital René Rachou em Belo Horizonte, que é o hospital referência em diagnóstico de Leismaniose.
Considerações importantes
A leishmaniose tegumentar humana é uma doença causada devido à infecção pelo protozoário Leishmania, que provoca feridas indolores na pele e nas mucosas do corpo. É conhecida popularmente como "úlcera de bauru" ou "ferida brava", é transmitida através da picada dos mosquitos do gênero Lutzomyia, conhecidos como mosquitos palha. Os mosquitos costumam viver em ambientes quentes, úmidos e escuros, principalmente em florestas ou quintais com acúmulo de lixo orgânico. O mosquito pode picar tanto pessoas quanto animais portadores da doença, principalmente, cachorros, gatos e ratos, e, por isso, a doença não é contagiosa e não há transmissão de pessoa para pessoa. Os sintomas são lesões na pele e/ou mucosas. As lesões de pele podem ser única, múltiplas, disseminada ou difusa. Elas apresentam aspecto de úlceras, com bordas elevadas e fundo granuloso, geralmente indolor. A confirmação laboratorial da Leishmaniose Tegumentar Americana é realizada por métodos parasitológicos. O tratamento é feito com uso de medicamentos específicos, repouso e uma boa alimentação.

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